31 de março de 2010

Tanto silêncio


Para cá de mim e para lá de mim, antes e depois.
E entre mim eu, isto é, palavras,
formas indecisas
procurando um eixo que
lhes dê peso, um sentido capaz de conter
a sua inocência
uma voz (uma palavra) a que se prender
antes de se despedaçarem
contra tanto silêncio.
São elas, as tuas palavras, quem diz «eu»;
se tiveres ouvidos suficientemente privados
podes escutar o seu coração
pulsando sob a palavra da tua existência,
entre o para cá de ti e o para lá de ti.
Tu és aquilo que as tuas palavras ouvem,
ouves o teu coração (as tuas palavras «o teu coração»)?

Manuel António Pina

30 de março de 2010

Fim e recomeço


Não pode ser luar esta brancura
Nem aves batem asas sobre o leito
Neste quebrar de corpos fatigados
Será em mim o sangue que murmura
Em ti serão as luas do teu peito
Nos jogos do amor recomeçados

José Saramago

29 de março de 2010

28 de março de 2010

A minha solidão

José Gomes Ferreira

26 de março de 2010

25 de março de 2010

22 de março de 2010

21 de março de 2010

20 de março de 2010

19 de março de 2010

17 de março de 2010

15 de março de 2010

14 de março de 2010

Dionisíaca


Vítor Matos e Sá
Moçambique

13 de março de 2010

12 de março de 2010