31 de julho de 2010

Eros e psiquê

Goulart Nogueira
Brasil

29 de julho de 2010

Elegia Segunda


Sebastião da Gama

27 de julho de 2010

26 de julho de 2010

19 de julho de 2010

18 de julho de 2010

16 de julho de 2010

15 de julho de 2010

14 de julho de 2010

13 de julho de 2010

12 de julho de 2010

11 de julho de 2010

10 de julho de 2010

9 de julho de 2010

6 de julho de 2010

1 de julho de 2010

Primeiro a tua mão sobre o meu seio.


Primeiro a tua mão sobre o meu seio.
Depois o pé – o meu – sobre o teu pé.
Logo o roçar ardente do joelho
E o ventre mais à frente na maré.

É a onda do ombro que se instala.
É a linha do dorso que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
Mas o beijo é carícia, de tão leve.

O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente
Ímpeto que não ache um abandono.

Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
Somos a maré alta de quem ama.

Por fim o sono calmo, que não é
Senão ternura, intimidade, enleio:
O meu pé descansando no teu pé,
A tua mão dormindo no meu seio.

Rosa Lobato de Faria