30 de setembro de 2010

29 de setembro de 2010

25 de setembro de 2010

23 de setembro de 2010

20 de setembro de 2010

18 de setembro de 2010

Grito negro

José Craveirinha

17 de setembro de 2010

16 de setembro de 2010

Vejo tudo de longe

Vítor Matos e Sá
Moçambique

15 de setembro de 2010

13 de setembro de 2010

12 de setembro de 2010

11 de setembro de 2010

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8 de setembro de 2010

7 de setembro de 2010

Estrela

Carlos de Oliveira

5 de setembro de 2010

Estrela da tarde

José Carlos Ary dos Santos

3 de setembro de 2010

2 de setembro de 2010

1 de setembro de 2010

Afirmas que brigamos


Afirmas que brigamos. Que foi grave.
Que o que dissemos já não tem perdão.
Que vais deixar aí a tua chave
E vais à cave içar o teu malão.

Mas como destrinçar os nossos bens?
Que livro? Que lembranças? Que papel?
Os meus olhos, bem vês, és tu que os tens.
Não te devolvo – é minha – a tua pele.

Achei ali um sonho muito velho,
Não sei se o queres levar, já está no fio.
E o teu casaco roto, aquele vermelho
Que eu costumo vestir quando está frio?

E a planta que eu comprei e tu regavas?
E o sol que dá no quarto de manhã?
É meu o teu cachorro que eu tratava?
É teu o meu canteiro de hortelã?

A qual de nós pertence este destino?
Este beijo era meu? Ou já não era?
E o que faço das praias que não vimos?
Das marés que estão lá à nossa espera?

Dividimos ao meio as madrugadas?
E a falésia das tardes de Novembro?
E as sonatas que ouvimos de mãos dadas?

De quem é esta briga? Não me lembro.

Rosa Lobato de Faria