mando a noite puríssima?
Entre bouças e fragas, uma cabana de ola, perto
da qual um arroio murmura...
Como de costume, o eremita parte ao surgi1
a lua.
Em um covão do monte, um pássaro, poisado
ininterruptamente gorjeia.
Não lhe importa que as ervas, impregnadas do
orvalho, lhe encharquem as alpercatas de junça.
As suas vestes de ligeiro cânhamo, soergue-as,
enviezando, a brisa primaveril...
À borda da torrente, intento fazer versos ao
viço das orquídeas.
Embargam-mo as saudades, violentas empolgan-
do-me, do Kiang-pei e do Kiang-nan.
Camilo Pessanha