21 de fevereiro de 2010

No meio do mundo


Com medo de o perder nomeio o mundo
Seus quantos e qualidades, seus objectos
E assim durmo sonoro no profundo
Poço de astros anónimos e quietos


Nomeei as coisas e fiquei contente
Prendi a frase ao texto do universo
Quem escuta ao meu peito ainda lá sente
Em cada pausa e pulsação, um verso.

Vitorino Nemésio